sexta-feira, 26 de março de 2010

A história de Mario no mundo dos RPGs

Todo gamer sabe que a série Mario é uma das mais antigas e imortais séries do mundo dos games. De tão grande que é, se todos os jogos do bigodudo feito pela Nintendo fossem feitos para a série principal, seria cada vez mais difícil encontrar novos enredos para lançar nos jogos futuros e com o passar do tempo os jogadores já teriam enjoado do mascote criado por Shigeru Miyamoto. Por isso que ao longo dos anos, a empresa foi lançando spin-offs protagonizados por Mario, pelos amigos de Mario ou por Mario e os amigos de Mario. E grande parte desses spin-offs não era jogado no tradicional estilo plataforma, e sim, em outros gêneros como luta, puzzles, corrida e esportes.

Mas também teve um outro gênero em que o mascote da Big N não poderia deixar de colocar sua marca: os RPGs, onde as aventuras eram totalmente diferentes, assim como a jogabilidade. O principal inimigo de Mario, Bowser, até mudava para o lado do bem, mas mesmo assim, seus objetivos de seqüestrar a Princesa Peach e comandar o Reino do Cogumelo continuavam vivos.

E já que o assunto são os RPGs, vamos conferir quais foram os jogos de Mario que adotaram esse novo estilo que fez tanto sucesso no Super Nintendo e nos consoles posteriores.

Super Mario RPG: Legend of Seven Stars (1996)


Com o sucesso dos RPGs Final Fantasy II e Chrono Trigger no Snes, foi que a Nintendo decidiu entrar no ramo dos RPGs, formando uma parceria com a SquareSoft (hoje chamada de Square Enix) para criar o primeiro jogo da série Mario do gênero. Somando os personagens da série com a jogabilidade dos RPGs da Square Soft mais os gráficos em 3D, o resultado foi dos melhores.
Assim como Crono era o protagonista de Chrono Trigger e Cecil o protagonista de FF II, o protagonista de Super Mario RPG não poderia deixar de ser Mario. E assim como nos dois outros jogos outros personagens podiam se juntar a ele e formar grupos que iam se revezando no decorrer da aventura. O primeiro a ser conhecido foi Mallow, uma nuvem que pensava ser um girino. Em seguida apareceu Geno, um boneco de poderes celestiais. Dois personagens já conhecidos desde o primeiro jogo da série também eram jogáveis: Peach e Bowser (ele mesmo!). Cada personagem possuía seus estilos de batalhas, poderes e armas próprios. Também era possível fazer ataques especiais utilizando poderes de dois ou três personagens ao mesmo tempo.

Paper Mario (2000)


No Nintendo 64, o número de spin-offs de Mario lançados só aumentavam e nele foi lançado o segundo RPG da série. Produzido pela Intelligent Systems e publicado pela Nintendo, Paper Mario possuía uma jogabilidade bem diferente do jogo lançado há 4 anos atrás. Mas mesmo assim, Mario ainda podia contar com a ajuda de outros personagens jogáveis que estavam em bom número, além de outros personagens que não eram jogáveis, mas davam alguma ajuda no enredo. Mas a principal característica do game se percebe no título. Mario parecia mesmo ser feito de papel, o que era bem inovador e divertido. Já os cenários continuavam sendo em 3D.
O que mais diferencia Paper Mario de todos os outros RPGs da série (inclusive das continuações de Paper Mario)é o fato de que o vilão principal do jogo é Bowser, que roubou a Star Road e trancou as 7 Stars Spirits dentro de cartas.


Mario & Luigi : Superstar Saga (2003)


Esse foi o primeiro RPG da série lançado para um portátil e foi produzido pela Alpha Dream Corporation. Como dá pra perceber no título, a Nintendo decidiu aumentar a popularidade de Luigi, fazendo dele o protagonista juntamente com seu irmão mais velho. Diferente da série Paper Mario, aqui somente os dois irmão são jogáveis, mas mesmo assim eles não deixam de contar com a ajuda de outros personagens, entre eles o próprio vilão Bowser. O jogo possui gáficos 2D, músicas e efeitos sonoros excelentes e cenas cheias de humor e trapalhadas entre os personagens. Não é nada que nos faça dar altas gargalhadas de tão engraçadas, mas inova e agrada muitos jogadores.


A história se passa no BeanBean Kingdom (reino vizinho ao do Cogumelo) e em diferentes lugares com um bom número de inimigos e comandados por chefes enormes.

Paper Mario: The Thousand Year Door (2004)


Paper Mario foi a primeira série de RPGs do bigodudo a receber uma continuação. Essa segunda aventura havia sido lançada para o Game Cube, possuindo gráficos altamente melhorados com uma quantidade maior de pixels que o console proporcionava. O jogo tinha uma grande variedade de itens, além das badges – itens especiais que davam novas habilidades a Mario – que garantiam uma jogabilidade muito agradável. O número de personagens que se unia a Mario, assim como em outros jogos, era bem razoável e todos eles eram inéditos na série (até mesmo um Yoshi recém nascido podia se unir ao herói).


Mario & Luigi: Partners in Time (2005)


A segunda aventura protagonizada pelos dois irmãos deixou de lado o GBA para entrar de cabeça no novo portátil de duas telas da Nintendo. Nesse jogo a dupla precisou voltar no tempo através de uma máquina e adivinha quem serão seus companheiros de batalhas: eles mesmos! Só que em suas versões baby. Várias vezes durante o jogo Mario e Luigi se unirão a Baby Mario e Baby Luigi e várias vezes eles terão que viajar no tempo, indo do Reino Cogumelo atual para o Reino do Cogumelo na época em que eram bebês e vice versa. O legal é que em vários momentos há lugares que só são acessíveis por uma das versões da dupla. Além de tudo as batalhas exigiam certo raciocínio dos jogadores e eram feitas em turnos, mas sem deixar a diversão de lado.


Super Paper Mario (2007)


Se o primeiro Paper Mario foi lançado no Nintendo 64 e o segundo no Game Cube, o terceiro só podia ser lançado no Wii. Aqui, o protagonista conta com a ajuda de personagens mais tradicionais na série ao invés daqueles personagens inéditos e exclusivos nos jogos anteriores. Cada um deles possuía qualidades diferentes nas batalhas. Luigi poderia dar grandes saltos, enquanto Peach utilizava sua sombrinha para planar nos ar e diminuir a velocidade da queda, além de também usá-la como um escudo bastante eficaz. Bowser também estava à disposição dos jogadores e se destacava pela sua enorme força física que causava grandes danos nos inimigos. Nesse game, a Intelligent Systems minimizou um pouco o gênero RPG e destacou mais o gênero aventura, como nos principais jogos da série. Cada um dos 8 mundos eram divididos em 4 fases e no final de cada um sempre havia um chefe esperando pelos heróis.


Mario & Luigi: Bowser’s Inside Story (2009)


Essa foi a grande atração lançada no ano passada entre os RPGs da série. Com uma história maluca e inovadora, a dupla de irmãos voltou, mas o destaque foi para a importante participação de Bowser na história. Além de ser um personagem jogável, o vilão n°1 do mascote da Nintendo terá que ir atrás de Fawful (o grande vilão desse novo capitúlo) que havia tomando controle de sua mente e o feito engolir parte do Reino do Cogumelo, incluindo o castelo da princesa Peach, seu próprio castelo e, nada mais, nada menos que Mario e Luigi. Assim, enquanto em algumas partes os jogadores controlaram Bowser na tela superior do DS, em outras partes Mario e Luigi eram controlados na tela inferior, dentro do intestino do vilão. Um ponto fundamental que dá a diversão que os gamers querem é o simples fato de que o que eles fizerem com os personagens de uma determinada tela, poderá ajudar ou atrapalhar o outro personagem da outra tela. Vale lembrar que o humor que esteve presente nos dois jogos anteriores também está presente nesse terceiro capítulo, e na dose certa.


Paper Mario e Mario & Luigi são as franquias feitas para aqueles jogadores que curtem RPGs dos bons.E mesmo não tendo grandes aventuras épicas como em outras série que se vê por aí, não deixam a inovação de lado, com jogabilidades que dificilmente desagradam e histórias contagiantes, divertidas e hilárias.

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