sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sunset Riders (Snes) - Um faroeste colorido


Em 1991, a Konami produziu Sunset Riders, um jogo protagonizado por um quarteto de cowboys que precisavam deter os piores vilões do velho oeste. A versão lançada até então foi a do Arcade, que acabou se tornando um enorme sucesso, motivando a empresa a lançar uma nova versão para o Mega Drive no ano seguinte, mas foi só em 1993 que finalmente Sunset Riders chegou ao Super Nintendo. A partir de agora você pode conferir aqui no Round Clear a análise dessa versão lançada para o console da Nintendo. Irraaaaaaaaaaaaa!



Como já foi dito, em Sunset Riders os players podiam jogar com quatro personagens diferentes: Steve, Billy, Bob e Cormano. Eles precisavam se tornar os quatro heróis do velho oeste, detendo os bandidos mais procurados do local e da época, a fim de receberem grandes recompensas em dinheiro e se tornarem os queridinhos da mulherada. O interessante no game é que em vários pontos havia detalhes semelhantes há época, como os cartazes de “procura-se” que apareciam antes de cada fase, mostrando o rosto do bandido (que era o chefe da fase), a quantidade em dinheiro da recompensa (que aumentava conforme você avançava no jogo) e a frase “Dead or Alive”, que também era muito comum nesses cartazes.

Apesar de ser um número de personagens jogáveis alto, havia poucas diferenças entre um e outro. Além de suas roupas e cores, eles se diferenciavam pelo tipo de arma que usavam, enquanto Steve e Billy usavam pistolas, Bob e Cormano usavam espingardas. A pistola podia dar apenas um tiro de uma vez, só que eles eram mais concentrados e um pouco mais rápidos, enquanto que a espingarda dava vários tiros, só que mais lentos. Assim, os jogadores podiam escolher com qual das armas eles se identificavam melhor, ou poderiam revesar entre uma e outra

Diversas vezes durante as fases, era possível encontra itens que davam um upgrade nas armas, fazendo com que os tiros deixassem de serem verdes para para passarem a ser cor de rosa. Mas não era só a cor que mudava, eles também ficavam mais rápidos e podiam ser disparados com mais facilidade, isso porque enquanto os jogadores seguravam o Y, suas armas não paravam de disparar enquanto o botão não fosse solto, fazendo um verdadeiro tiroteio no cenário, enquanto que as armas sem o upgrade só disparavam uma vez quando se apertava o botão, fazendo com que os jogadores se cansassem de tanto usar o polegar da mão direita.

Além desse, havia outros itens no game, como por exemplo, um que dava uma segunda arma para os jogadores, e que podia ser encontrado com a mesma freqüência que o citado anteriormente. Com esse item, os personagens podiam utilizar uma arma em cada mão, aumentando o número de disparos. Ainda havia outros itens que não tinham tanta importância, já que só serviam para dar mais pontos aos jogadores, o que só era importante nos arcades. Todos os itens podiam ser encontrados espalhados pelo cenário, entrando em portas ou matando um dos inimigos do jogo que carregava um saco nas costas.

Duas vezes durante o game, os jogadores tinham acesso ao bônus, que era um jogo de tiro ao alvo em que o objetivo era acertar o maior número possível de inimigos, que apareciam de frente para o jogador. Quanto mais o tempo passava, mais inimigos apareciam de uma só vez, o que ia dificultando cada vez mais. Então era preciso que o player fosse bem rápido e bom de controle para conseguir matar todos os 50 inimigos. No entanto, esse bônus só aumentava a pontuação dos jogadores, sem presenteá-los com nada, o que não servia de incentivo, fazendo com que eles jogassem apenas por jogar.

Todas as 8 fases do jogo eram ambientadas no velho oeste, só que elas eram divididas em duas partes. A primeira era formada pelas quatro primeiras fases, que eram ambientadas em locais mais movimentados e formados por estabelecimentos e casas. Já a segunda parte era formada pelas quatro últimas fases, que eram como uma caminhada dos personagens até o ultimo chefão, Sir Richard Rose. Elas aconteciam em morros, rios e em outros lugares que não fossem nas cidades.

Os chefes se diferenciavam muito um dos outros, principalmente pela forma de enfrentá-los. Algumas vezes, eles apareciam em locais mais altos e não se moviam (como era o caso do primeiro e dos quartos chefes), outros recebiam a ajuda de inúmeros inimigos comuns do game, outros se escondiam atrás de barris ou simplesmente se abaixavam para não serem atingidos e outros sempre usavam algo como escudo, obrigando os jogadores a usarem o melhor jeito de detê-los.

Só que os chefes do game não possuíam barra de energia, mas mesmo assim a Konami criou um jeito de fazer com que os jogadores pudessem ter idéia de quanto faltava para que eles fossem derrotados. À medida que se acertava o bandido, o sprite dele começava a piscar, essas piscadas aumentavam de freqüência quanto mais se atirava nele, até que chegava certo momento em que seu corpo ficava totalmente avermelhado de tanto piscar, o que significava que ele já estava à beira da morte.

Os inimigos do jogo não eram tão diversificados, por isso se repetiam diversas vezes em uma única fase. Qualquer um deles podia ser derrotado com um único tiro, no entanto, muitas vezes eles apareciam de vários cantos do cenário e em bando. Nessas ocasiões, o jogador precisava ser rápido para matá-los, enquanto desviava dos tiros usando o botão de pulo e até mesmo o botão A, um comando que fazia com que o personagem se esquivasse com uma rasteira.

A parte gráfica de Sunset Riders na versão para o Nes é totalmente o contrário da jogabilida: um ponto fraco. Para um console que na época era tão avançado, o pessoal da Konami poderia ter caprichado muito mais para não desagradar os jogadores de Snes. Comparando alguns detalhes dos cenários dessa versão para a versão original lançada para o arcade, dá pra perceber do que eu estou falando. As explosões é um dos principais exemplos, enquanto na versão original elas eram muito bem desenhadas e definidas, no Snes ficaram bem distorcidas e mal definidas. Os gráficos de Sunset Riders no Snes podem até terem ficado ruins, mas se comparado a versão lançada para o Mega Drive, estão ótimos.

Nesse mesmo quesito, outro ponto que particularmente não me agradou, foi a coloração do jogo. Não há como negar que o game era colorido demais, tanto nos cenários quanto nas roupas dos protagonistas. Na minha opinião, isso acabou fazendo com que o jogo fugisse um pouco do gênero de ação e tiro e até deu uma cara meio ruim ao faroeste.

A trilha sonora de Sunset Riders não desagradou tanto quanto a parte gráfica do game, mas também não foi nada que nos fizesse erguer o volume da TV. Na verdade, as músicas até combinavam muito bem com o tema de velho oeste, mas não havia nenhuma que se destacasse. No entanto, uma ou outra até agradavam um pouco, como a música da terceira fase.

Os efeitos sonoros também podiam desagradar por um lado, e agradar por outro. Os gritos dos protagonistas e dos inimigos quando eram atingidos foram muito bem feitos, no entanto eram muito repetitivos, ainda mais naqueles momentos em que a fase estava cheia de inimigos, fazendo com que os gritos fossem emitidos ateé duas vezes em um mesmo segundo.

A Konami ainda introduziu fala aos personagens principais, aos chefes e a algumas mulheres que apareciam durante o jogo, o que também foi muito mal feito, já que parecia que eles falavam com a boca cheia de picadas de abelhas. Se não fossem as legendas aparecem debaixo da tela, acho que seria impossível entende-los.

Volto a repetir que apesar de ter uma jogabilidade muito boa, atraente e que fez muitos jogadores sentirem prazer em chegar ao fim do game, os gráficos e alguns detalhes da parte sonora de Sunset Riders desagradaram. Chega a ser difícil de entender como a Konami conseguir fazer algo bem melhorzinho antes, e não depois.

Eu diria que a jogabilidade foi o que salvou Sunset Riders, até porque se o jogo fosse ruim nesse quesito, seria melhor que ele nem fosse lançado. Mas ainda bem que isso não aconteceu, e Sunset Riders pode ser jogado e apreciado mais e mais vezes porque se tornou um verdadeiro clássico, e um dos jogos mais conhecidos do gênero até a época.

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