sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mundo Advance: Castlevania - Circle of the Moon



Só 4 anos depois do lançamento de Castlevania Legends para o antigo Game Boy, foi que a Konami voltou a lançar um jogo da série para um portátil da Nintendo. Assim, Castlevania: Circle of the Moon foi lançado para o GBA, sendo retirado da cronologia original da série algum tempo depois, quando Koji Igarashi se tornou o diretor geral. Apesar disso, o jogo se tornou um dos melhores lançamentos do portátil. Muitos sites especializados deram a Circle of the Moon ótimas classificações e notas. E os motivos e principais prós que o transformou nesse sucesso vocês conferem aqui.
A história do jogo se passa no ano de 1830, quando Dracula estava ressuscitando mais uma vez com a ajuda dos adoradores do caos, entre eles Camilla, um serva do Conde das Trevas, que na verdade era um demônio disfarçado de mulher.

O caçador de vampiros Morris Bladwin, juntamente com seus aprendizes Nathan Graves e Hugh Baldwin partem para o castelo da Transilvânia para evitar que o vilão voltasse à vida. No entanto, ao chegarem dão de cara com Dracula já revivido e com seus poderes recuperados. Então o vilão faz um buraco para fazer com que os dois aprendizes de Morris caíam em um abismo, deixando-o sozinho com o Vampire Hunter e com Camilla. Mas os dois jovens conseguem sobreviver a queda e partem para tentar salvar Morris. Agora, você está na pele de Nathan Graves, para cumprir tal missão sabendo dos perigos e criaturas que esse gigantesco castelo guarda.

Essa é só a sinopse do game. A história mesmo vai se desenrolando ao lon
go do game, deixando os jogadores cada vez mais empolgados. E isso é importante porque estimula os jogadores a darem o máximo e não desistirem de nenhum desafio para descobrirem o que vai acontecer futuramente. Simplesmente, depois que se começa a jogar Circle of the Moon, parar chega a ser impossível.

No jogo, a principal arma de Nathan é uma velha conhecida dos jogadores da franquia: um chicote, aqui chamado de Hunter Whip. Ele pode ser usado com o botão B, no entanto só pode ser usado para os lados, nunca para baixo ou para cima. Mas, quando se segura esse mesmo botão por uns dois segundos, Nathan pode girá-lo para acertar alvos nessas direções. Essa técnica também pode derrotar os inimigos, mas os danos das chicotadas são menores.

As armas secundárias também estão presentes e são usadas limitadamente até quando os corações que o jogador juntou acabarem. Há cinco tipos diferentes de armas: facas, cruzes, água benta, machados e um relógio que consegue parar o tempo. Sempre que você encontrava uma arma secundária, caso já estivesse equipado com outra, ela era substituída pela que você encontrou, mas era deixada no chão ao invés de ser eliminada do jogo, da mesma forma que aconteceu em alguns outros jogos da série. Isso ajuda aos jogadores que acreditam que essas armas são indispensáveis no jogo.

Circle of the Moon exige muito do fator exploração, ou seja, em alguns momentos o jogador poderá se perder e tentar localizar a sala certa para progredir no jogo. Muitas vezes irão aparecer lugares que não se podem ter acesso. Para isso, será necessário encontrar uma habilidade especial. Um exemplo disso são as plataformas altas e inalcançáveis, que só podem ser acessíveis quando o jogador coletou o item que permite dar pulos duplos.

A jogabilidade de Circle of the Moon mistura os jogos mais tradicionais da série com uma rolagem lateral e plataformas, somados a elementos de RPGs. Magias, equipamentos, pontos de experiência e muitas outras coisas que são de praxe em jogos desse gênero podem ser encontrados e usados aqui.

O bom é que mesmo com isso o game não perde muito das tradicionais características que teve desde o primeiro jogo. Um exemplo disso são as batalhas, elas acontecem normalmente como sempre aconteceu na série, em tempo real, sem haver mudanças de telas e ataques executados em turnos como em RPGs. Mas para cada inimigo que Nathan for derrotando, seu HP vai aumentando.

Com a adição de mais pontos de experiência, os atributos do personagem também vão aumentando. Há quatro diferentes atributos: Força (aumenta os danos causados nos inimigos), Defesa (aumenta a resistência), Velocidade (determina a velocidade de preenchimentos do MP) e Sorte (aumenta a freqüência com que os inimigos deixam itens quando são derrotados).

Outra forma de se conseguir HP era através dos equipamentos, outra característica peculiar dos RPGs. Eles eram encontrados quando algum inimigo era derrotado e eram divididos em três tipos: equipamentos para o corpo, braços direitos e braços esquerdos. Além do HP, também podiam aumentar o MP, corações e atributos de Nathan.

No game as magias eram usadas a partir de um sistema de cartas: o DSS. Havia dois tipos de cartas que podiam ser encontradas derrotando os inimigos: as de ação e as de atributo. Então, para executar uma magia, era necessário combinar uma carta de ação com outra de atributo. Por exemplo, se a carta Mercury for combinada com a carta Salamander, Nathan usará um ataque de fogo com seu chicote. Ao todo, o jogo contava com 10 cartas diferentes de cada tipo, resultando em um total de 100 magias que o jogador podia usar. Vale lembrar que sempre que uma dessas técnicas era utilizada, a barra de Magic Points (MP) diminuía. No entanto, a idéia da Konami, além de bem original, caiu como uma luva no jogo.

Para que os jogadores desse uma descansada do progresso do jogo e para ganhar um pouco de HP extras, os desenvolvedores de Circle of the Moon adicionaram a Battle Arena, uma área bônus localizada no castelo que é formada por 17 salas. Em cada uma, um determinado número de inimigos vai aparecendo, começando pelos mais fracos e depois os mais fortes. Sem contar que passar por elas era obrigatório caso o jogador quisesse juntar todas as cartas, porque duas delas só podiam ser encontradas nesse local.

Além de parecer um jogo longo, a Konami ainda quis incentivar os jogadores a zerá-lo mais de uma vez criando diferentes modos que iam aparecendo após Drácula ser derrotado. Esses modos funcionam da seguinte forma: quando Circle of the Moon é terminado pela primeira vez, é aberto o modo “Magician, onde Nathan começa com todas as cartas e bastante Magic Points. Isso é para que seja mais fácil o jogador terminar novamente utilizando magias ao invés de armas. Depois que o jogador zera nesse novo modo, o próximo que fica disponível é o “Fighter” que é o contrário do anterior, onde nenhuma carta pode ser usada, mas o atributo força é forte. Em seguida vem o modo “Shooter”, que faz com que as armas secundárias sejam as mais fortes do jogo, além de aumentar a capacidade de corações e diminuir o tanto que cada uma gasta. Nele é possível encontrar a Howing Dagger, uma erma secundária secreta e exclusiva nesse modo. Finalmente, vêm o modo “Thief”, onde o atributo sorte é aumentado e os outros são diminuídos. Assim, o jogador terá que se virar utilizando os itens deixados pelos inimigos.

A Konami ainda dava uma atenção especial para os inimigos. Cada tipo diferente possui um nome que aparece no canto da tela sempre que ele é atingido. Vários deles podem ser encontrados em uma única sala, e ainda há aqueles que vão aparecendo à medida que outro vai sendo derrotado.

Já os chefes dão bastante trabalho. Dificilmente, um deles será destruído já na primeira tentativa. Isso porque, a Konami pensou muito ao desenvolvê-los, para que o jogador possa ter uma estratégia para derrotar cada um. Saber o momento certo para atacar ou como se esconder de um ataque são atitudes essenciais que se deve tomar para se sobreviver e sair vitorioso. Resumindo, sair atacando igual um louco achando que uma hora vai conseguir derrotar um chefe dessa forma é perder tempo.

A trilha sonora de Circle of the Moon é composta por algumas músicas originais, mais a grande maioria são musicas de jogos anteriores da série Castlevania, só que em versões remixadas, como é o caso de “Vampire Killer”, “Aquarius”, “The Trick Manor” e outras. Todas elas encaixaram muito bem no game.

Os efeitos sonoros eram bons, mas não eram lá grandes coisas. Para falar a verdade, muitos jogos do GBA eram melhores que Circle of the Moon nesse quesito. Mas como aqui o importante é não desagradar, esse jogo está de parabéns.

O destaque fica para os gráficos do jogo. Cenários com texturas, bem coloridos e detalhados dão todo o charme que um game da série Castlevania precisa ter para estar entre os melhores. Isso sem contar, que a Konami não economizou na hora de adicionar salas diferentes no game, fazendo com que os cenários mudassem com freqüência, e não houvesse nada de enjoativo.

Mesmo tendo sido tão pouco conhecido e estando fora da série principal da franquia Castlevania, Circle of the Moon não pode deixar de ser relacionado entre os melhores. Volto a dizer que a história viciante é o que mais agrada os players. Somando isso a jogabilidade dos jogos mais antigos misturada com toques de RPG e os gráficos e trilha sonora, faz com que o jogo esteja entre os favoritos do Game Boy Advance.

2 comentários:

  1. Eu pessoalmente acho o Circle of The Moon o "menos melhor" dentre os três games da série Castlevania que foram lançados no Game Boy Advance. Sou muito mais o Harmony of Dissonance e o fodástico Aria of Sorrow, mas claro, o Circle of The Moon é um belo game também.

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  2. Acho o Harmony of Dissonance uma bosta. Só os gráficos do cenário é que serve. Aquela linha azul envolta do personagem é triste. E não a jogabilidade não ajuda muito.

    Circle of Moon é muito bom, só perde para o Aria of Sorrow que é excelente!

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